Primeiras impressões da demo de Hell Is Us

Review Hell Is Us Demo: exploração envolvente, combate simples e narrativa misteriosa

Hell is Us se passa no país fictício de Hadea, que enfrenta uma devastadora guerra civil. Em meio ao caos, surgem criaturas sobrenaturais, quimeras monstruosas que não podem ser feridas por armas convencionais.

O jogador assume o papel de Remy, um jovem natural de Hadea que foi contrabandeado ainda bebê para fora do país. Agora, ele retorna à sua terra natal em busca de reencontrar seus pais e desvendar o mistério por trás das quimeras.

Segundo o diretor criativo, o jogo explora um tema central: “a violência humana é um ciclo eterno, alimentado pelas emoções e paixões da própria humanidade.”

Aqui vai a minha review 100% sincera da demo de Hell Is Us.

Gameplay

Hell Is Us é um jogo de ação-aventura de mundo aberto em terceira pessoa focado em combate e exploração. Assim que iniciamos a demo, recebemos um aviso.

Isso já deixa bem claro que esse jogo não vai pegar na sua mão. Você precisa estar atento a tudo para progredir.

Após uma cutscene nos introduzindo a lore do jogo, somos jogados diretamente no mundo aberto e sem NENHUM objetivo, apenas explorar. A exploração do jogo não foge muito dos padrões da indústria, encontramos o habitual: NPC’s com informações sobre o mundo/personagens, arquivos detalhando mais a história do local ou ajudando a resolver enigmas e coletáveis. Como o jogo já deixou avisado anteriormente, não temos marcadores de objetivos e nem mapa, então temos que nos virar para descobrir o que fazer e como fazer. Definitivamente a exploração é o ponto alto do jogo, já que seus quebra-cabeças são bem dinâmicos e orgânicos, onde encontramos a solução para eles de forma natural, sem muitas dificuldades, basta apenas estar um pouco atento.

Já o combate do jogo, eu achei o ponto mais fraco dele, pois além de muito simples, ele chega a ser extremamente repetitivo (pelo menos aqui nesta demo). Enfrentamos os mesmos 2 inimigos ao longo da demo com uma leve variação entre eles. Os Hollow Walkers vêm em 2 variações, uma bípede e outra que se assemelha com uma aranha. Temos apenas um botão de ataque (X para Xbox e ☐ para PlayStation) e é exatamente isso que deixa o combate repetitivo. O jogo possui uma barra de estamina que acompanha a sua barra de vida, caso você perca vida, sua barra de estamina também diminui, então é algo para tomar cuidado. Também temos um sistema de parry e esquiva, bem parecidos com jogos souls-like.

História e Ambientação

A história e ambientação de Hell is Us é BEM confusa, vários conceitos são jogados na nossa cara, sem muita explicação deixando tudo ainda mais sem nexo. A ambientação é bem sombria, com cores frias e um tom mais puxado para o terror do que para a ação. A trilha sonora compõe bem demais a ambientação e é um dos pontos fortes do jogo.

E então vem a narrativa. Mesmo sendo apenas uma demo, há uma notável ausência de contexto na forma como o mundo do jogo é apresentado. Um exemplo marcante acontece logo na cena inicial, quando Remy se depara com seu primeiro monstro.

A cutscene mostra um confronto intenso: ele tenta disparar sua arma, mas descobre que ela é inútil contra a criatura. Nesse momento, surge outra personagem, empunhando uma espada reluzente e acompanhada de seu drone, para enfrentar a ameaça. O momento é visualmente impactante, até que, no desfecho, a personagem acaba sendo vencida pelo monstro. Ao menos, em sua última ação, consegue derrubar a criatura junto com ela.

O que torna tudo ainda mais confuso é o fato de Remy simplesmente pegar a espada, o drone e o restante do equipamento, passando a usá-los contra os outros monstros. Não há qualquer explicação sobre como ele sabe manusear essas armas, ou mesmo se já tinha conhecimento prévio da existência dessas criaturas.

Considerando que Remy é um militar, por que ele não estava equipado desde o início com armamentos apropriados para enfrentá-las? O resultado é uma sensação de estranheza e falta de coerência.

Conclusão

Por enquanto, trata-se de um jogo enigmático, que aparenta querer ser mais do que mostra à primeira vista. É, sem dúvida, uma aventura de ação envolvente, mas diversos elementos ainda levantam mais dúvidas do que respostas.

Será que a exploração se tornará ainda mais ampla, já que a própria demo contém alguns segredos escondidos? O combate ficará mais dinâmico com a introdução de novas armas? O jogo permitirá concluir os objetivos principais de forma mais livre e personalizada, já que não dá instruções diretas sobre o que fazer?

São muitas as perguntas, e, por enquanto, só resta aguardar com expectativa pelo que virá.