Black Myth: Wukong, 1 Ano Depois — É tudo isso mesmo?

Essa review foi feita por uma pessoa que jogou fora da época do hype sobre o game, e beirando zero conhecimento do que se tratava, sabendo somente o básico: Ser uma “adaptação” do conto da jornada ao oeste.

Review escrita por: Dormes da Midnight Respawn no Twitter/X

A Gameplay

Primeiramente, vamos começar falando do estilo de gameplay e já quebrando uma ideia que voa na mente de alguns. “Ele não é soulslike… Pipi, Pópó.” Pois ele é, mas pisa mais pra algo neutro. O Jogo carrega muitos elementos do gênero soulslike como seu estilo de gerenciamento de itens, “bonfires” e a clássica exploração punitiva. Entretanto, não é só isso. Já que sendo algo meio neutro que ele tenta ser, ele se centra pra um estilo de gameplay mais alinhado a um action rpg normal e pisando pro estilo hack’n slash.

A gameplay de arpg que eu me refiro, é mais devido ao seu combate meio pessoal e a possibilidade de montar builds que não são o comum que se encontra normalmente na franquia originaria do gênero Souls e, seu estilo Hack’n slash se dá por vários momentos em que durante a jornada nós (o jogador) temos um “sentimento de grandeza” enfrentando vários inimigos e, propriamente nas próprias boss fights que em sua maioria não são genéricas, por mais que muitas sejam desnecessárias, mas tem sempre um desafiozinho épico por trás (em boa parte) que fica certamente frenético e “cool”.

Mas indo mais ao ponto sobre a Gameplay. No geral é uma gameplay bem convidativa com combos simples e que ajuda de bom grado o jogador caso ele faça algo de errado ou queira mudar o foco do seu personagem (O predestinado). Visto que o seu sistema de habilidades nos dá uma opção de “rebirth” infinito para todas suas vertentes: Combos, magias, transformações e etc.
É uma gameplay bem amiga do jogador.

A Exploração: relativamente boa… e simples?


Agora falando um pouco da exploração. O jogo tem um sistema de exploração bem direto, basicamente: “Avance reto que você passa o capítulo.” Entretanto, se você explorar o mínimo que o jogo oferece, você pode achar algumas recompensas minimante interessantes, na maioria sendo chefes que te recompensam com material para upgrade ou progresso de missões secundárias que podem (ou não) ser (bem) interessantes para o jogador.

Normalmente sempre será um caminho A, B e C que você irá encontrar; só que apenas o ‘A’ que “exala” ser o principal é o que normalmente importa, já que o B e C são sempre curtos e se conectam na maioria dos casos e dão no mínimo num chefe secundário que pode ser desnecessário ou não dependendo de onde você estiver no jogo.

*minha recomendação é sempre fazer a principal quest secundária do capítulo já que ela libera um item especial que sempre pode ser usado no chefe final do mesmo.*

…As paredes.

E agora falando de algo relativamente polémico que foi muito dito na época que o game saiu: As Paredes invisíveis.
E sinceramente… Apenas não, amigo. Vi que houve um certo reboliço na época falando dessas paredes que possivelmente estariam estragando a exploração do jogo, e apenas não. Na maioria dos casos, elas são úteis e são claramente em lugares que não dá pra explorar, lugares que visivelmente não tem nada interessante e nem “servem” de atalhos na maioria dos casos, além de proteger de quedas desnecessárias em alguns mapas. Então, no geral isso acabou sendo uma problemática forçada por muitos que não atrapalha em nada no jogo.

A Grandiosa Narrativa.


Honestamente, não pretendo falar muito dela já que ela é uma ótima experiencia em primeira mão e você não se sentirá perdido, já que a mesma é uma narrativa bem direta em entregar o que aconteceu antes e o que tá acontecendo no atual momento. Então, em prol da experiência, vou apenas informar que ela é uma continuação da jornada ao oeste original. E você não precisa ler ela, mas obviamente lendo você (talvez) vá sentir um impacto maior na sua experiência. Pra mim, que conhecia só o básico dela através de resumos, não mudou muito minha experiência, então vai de cada um isso aí.

Os Chefes…

Bem, esse é um ponto que eu considero interessante e irritante. Eu diria que esse jogo ele melhora com a sua progressão na campanha elevando sua “grandeza” ou nível de poder no combate. Enfim, o que quero dizer é que no começo você vai apanhar legal pra alguns chefes, mais secundários do que principais, mas isso vai reduzindo bastante com sua evolução, chegando ao ponto de você brincar com os chefes que você encontra explorando. Porém um enorme “Mas”, alguns chefes desse jogo são um verdadeiro desafio frustrante deles serem apenas roubados… Erlang que eu o diga.

E como dito no tópico de exploração, felizmente você tem uma enorme mão na roda em algumas lutas principais, que são os artefatos que você encontra fazendo a principal missão secundária do capítulo. Artefatos esses que mudam completamente o ritmo e fase de algumas lutas.

E uma das grandes falas também é falar que esse jogo é um boss rush, e ele é mesmo, mas de um jeito positivo na maioria dos confrontos, por mais que exista chefes completamente desnecessários. Como dito isso que esse jogo melhora bastante com a progressão, essa questão de muitos bosses é facilmente ignorável mais tarde.

A boa trilha sonora.

As músicas desse jogo são boas, muitas músicas sendo num estilo orquestra com muitos instrumentos asiáticos que só enriquece o ambiente e os combates envolventes que nos deparamos no passar dos capítulos; mas pra mim acaba sendo só isso mesmo, não sendo músicas que eu pegaria escutar fora do game, já que elas são mais focadas em entregar um flow na sua experiência durante a gameplay.  

Os famosos bugs e travadas.

Já deixando informado que o jogo foi jogado totalmente na versão de PS5 e na minha experiencia não me encontrei com bugs que tenham sidos evidentes, mas as travadas foram outros quinhentos. Enfrentei diversas travadas e crashs durante algumas lutas mais poluídas e em mapas a partir do capítulo 3, sendo principalmente em ambientes com água e neve, entretanto, no final isso não me impediu de me divertir, mas certamente foram cortes abruptos na gameplay que geraram certo desconforto. Então, se você for minimamente paciente, você pode se acostumar ao ponto disso não atrapalhar.

Conclusão.  

No final, o jogo foi uma experiencia com saldo bem positivo, com ótimas surpresas durante a jornada, mas obviamente vai ter coisas que incomodam “aqui e ali”, mas é assim pra qualquer jogo. Nada é perfeito. Agora, dito tudo isso, eu o considero de maneira sólida um nota [8/10].


Há espaços paras melhoras nessa franquia e eles certamente devem melhorar nos próximos lançamentos “Black Myth”, assim espero. É isso.