Dying Light: The Beast | PC

Dying Light: The Beast, novo capítulo da franquia, redefine a ação zumbi com jogabilidade aprimorada, história nostálgica e ambiente alpino
Trama Jogabilidade Castor Woods Dying Light: The Beast

2025 tem sido um grande ano para o mundo dos jogos, com o retorno de franquias amadas em novas versões e remasterizações. Nesse meio, a Techland lançou mais um capítulo da sua série de jogos de zumbis. O que começou como uma ideia de DLC para Dying Light 2 acabou crescendo e se transformando em um jogo separado, Dying Light: The Beast, lançado em 18 de setembro. Além de expandir o universo da franquia, o jogo traz de volta um rosto conhecido que há tempos os fãs pediam, Kyle Crane. 

A história do jogo se passa 13 anos após os acontecimentos do primeiro Dying Light e sua DLC. Durante todo esse tempo, Kyle Crane esteve preso, usado como cobaia em experimentos comandados por uma figura conhecida apenas como “O Barão”.   

Com a ajuda de Olivia, uma mulher misteriosa que se comunica com ele por rádio, Crane consegue escapar das instalações e descobre que está em Castor Woods, uma região fictícia da Europa baseada na região da Suíça. Esse vale isolado, tomado por infectados, serve como campo de testes para o Barão. A partir daí, Crane precisa unir forças com comunidades locais e outros sobreviventes para buscar uma saída, enquanto encara cobaias ainda mais perigosas.  

Como fã do primeiro jogo, confesso que não consegui me conectar com Aiden em Dying Light 2. Por isso, ver Crane de volta foi um dos pontos mais empolgantes. A narrativa, apesar de curta, acerta ao trazer um protagonista carismático e nostálgico. Além dele, os personagens secundários são bem trabalhados: líderes de comunidades carregam missões cheias de reviravoltas, e Olivia, inicialmente enigmática, conquista espaço de forma gradual.  

O vilão também merece destaque. Assim como Rais, de Dying Light 1, o Barão transmite ódio e imponência logo nas primeiras horas, evoluindo ao longo da trama com motivações que se revelam aos poucos.

É impossível não notar a evolução da jogabilidade neste terceiro capítulo. O combate está mais brutal, com física melhorada dá até para sentir o que seria o impacto real das armas, capazes de mutilar e deformar zumbis de forma brutal. O parkour, marca registrada da franquia, continua fluido e dinâmico, com movimentos reciclados, mas bem mais polidos.  

Outra melhoria significativa está nos veículos, que agora transmitem mais peso na dirigibilidade, exigem atenção ao combustível e oferecem uma sensação mais intensa ao atropelar hordas de infectados.  

A grande novidade, porém, é a transformação. Conforme o jogador acumula energia em combate, é possível ativar essa forma monstruosa, ganhando velocidade, força e brutalidade, além de uma pequena árvore de habilidades própria. Essa mecânica transmite a sensação de controlar um verdadeiro predador, lembrando até clássicos como Area 51 do PS2. Para desbloquear mais poderes, é preciso enfrentar as chamadas Quimeras, zumbis especiais que funcionam como cobaias do Barão espalhadas pela região. 

E claro, a noite continua sendo um pesadelo de todo jogador. Assim como sempre foi na franquia, a escuridão traz perigo ao máximo, com os Voláteis promovendo perseguições intensas em que ser visto quase sempre significa morte certa.

Castor Woods é, sem dúvida, um dos destaques da experiência. Se Harran evocava cenários turcos e Villedor tinha inspiração francesa, aqui a ambientação remete a regiões alpinas e do leste europeu. O mapa mistura florestas densas, pântanos e montanhas nevadas.  

Diferente da amplitude de Villedor, o mundo aberto de Castor Woods é mais contido, mas ainda assim cerca de 30% maior que Harran. Essa escolha trouxe equilíbrio. Há uma boa variedade de ambientes, desde vilarejos isolados a fábricas abandonadas, sem dar a sensação de espaços vazios ou apenas florestas. 

Dying Light: The Beast é uma evolução clara de tudo que teve até agora na saga. Ele aproveita o que já funcionava, corrige falhas anteriores e entrega uma experiência mais intensa e madura. A volta de Kyle Crane é um acerto que reacende o vínculo emocional com os fãs, ao mesmo tempo em que adiciona peso dramático à história.  

Não é apenas uma continuação é o respiro que a franquia precisava para se renovar sem perder a essência. 

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