Doom: The Dark Ages [REVIEW] | PC

Doom The Dark Ages reinventa o clássico FPS em um cenário medieval sombrio, com ação intensa, enigmas e gráficos impressionantes

Doom: The Dark Ages é uma reimaginação do icônico jogo de tiro em primeira pessoa, Doom, ambientado em um cenário medieval sombrio e aterrorizante. Este jogo combina a ação frenética e os demônios assustadores pelos quais a série é conhecida com uma trama envolvente e uma estética medieval única.

O Enredo

A Era Sombria

Doom: The Dark Ages aborda a ascensão do Doom Slayer como a última esperança de um reino assolado pelas forças infernais. O enredo se desenvolve durante as chamadas “Cruzadas Profanas”, em um cenário que combina estética medieval com elementos tecnológicos e demoníacos.

O jogo detalha os primeiros encontros do Slayer com os Night Sentinels em Argent D’Nur, uma dimensão fortemente influenciada por elementos de fantasia, diferenciando-se da abordagem mais voltada para a ficção científica dos títulos anteriores. A narrativa explora a trajetória do Slayer em sua transformação em uma lenda, enfrentando hordas de demônios e formando alianças com os Night Sentinels para proteger a humanidade de uma invasão infernal.

Ambientação e Design de Níveis
Cenários Medievais

Doom: The Dark Ages apresenta uma variedade de cenários medievais, desde castelos em ruínas, florestas sombrias, catacumbas antigas, vilarejos devastados e, claro, o inferno. Cada ambiente é rico em detalhes, proporcionando uma atmosfera imersiva e aterrorizante.

Desafios e Enigmas

Além das batalhas intensas, o jogo também desafia os jogadores com enigmas e obstáculos ambientais. Portas trancadas, caminhos ocultos e armadilhas mortais estão espalhados pelos níveis. Resolver esses desafios requer inteligência e habilidade, adicionando uma camada extra de profundidade ao gameplay.

O design de níveis é muito bem-feito, permitindo uma boa exploração com atenção e curiosidade para resolver os enigmas. Você encontrará os tradicionais “brinquedos” para coletar, peças de códice, pinturas para armas, além de ouro e pedras preciosas que serão usados para melhorar suas armas, escudo e armas corpo a corpo.

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Gameplay

O arsenal do Slayer inclui uma variedade de armas de diferentes classes: escopetas, metralhadoras, trituradora de crânios, lançadores de granadas e mísseis, entre outras.

O jogo inova também com o escudo, que traz uma dinâmica de combate nova. Se não chega a ser inovador, é certamente divertido. O Slayer passa a ter várias habilidades, como bloquear (parry), arremessar o escudo, usá-lo como impulso e resolver diversos quebra-cabeças. Tudo será bem explicado no jogo, então não se preocupe, apenas divirta-se.

A mecânica de ataque corpo a corpo também mudou e se encaixou muito bem com o escudo e as armas. Ou seja, dá para jogar do jeito que for mais seu estilo.

Como todo Doom, ficar parado nos combates por mais de três segundos é sentença de morte, mesmo nos níveis de dificuldade menores. Eu, por exemplo, joguei no nível “Um tapinha não dói” e achei uma boa experiência. Se vacilar, morre, mas essa dificuldade deixa o jogo mais fluido. Para quem gosta de desafios maiores, é só aumentar o nível e se desafiar.

Há mais quatro níveis acima desse, que certamente exigirão mais destreza e persistência. Porém, a regra é clara: mexa-se o tempo todo. Doom: The Dark Ages também traz fases com uso de um dragão voador, que considerei a pior parte do jogo. A mecânica é travada e você não pode fazer muita coisa.

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Outra novidade são os mechas: você pilota um monstro mecânico para lutar contra demônios gigantes. É simples, mas divertido e adiciona variedade ao gameplay.

O sistema de melhoria dos equipamentos é interessante. Para as armas, em determinados níveis, você pode escolher entre duas características, e para o escudo você terá runas com diversos tipos de contra-ataques. É possível alterar suas escolhas a qualquer momento para obter vantagem em lutas específicas ou adaptar-se ao seu estilo de jogo.

O jogo está totalmente dublado em português, o que ajuda bastante na imersão.

A trilha sonora, como em todos os Dooms modernos, é heavy metal do início ao fim. Prepare seus ouvidos! Levei cerca de 26 horas para terminar Doom: The Dark Ages na dificuldade “Um tapinha não dói”. Foi relativamente fácil e recomendo jogar pelo menos em um nível acima. Todas as dificuldades podem ser ajustadas, e Doom pode ser jogado por qualquer pessoa.

Nessas 26 horas, praticamente platinei o jogo. Faltaram poucos colecionáveis, que não são meu forte. Acho que com mais 3 ou 4 horas seria possível platinar nessa dificuldade.

Achei o tamanho do jogo ótimo para a proposta. Uma campanha maior poderia se tornar cansativa. Aqui, não há enrolação.

Gráficos
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Doom: The Dark Ages roda no motor gráfico da ID que nesse caso é o IDTech8 e meus amigos, que delícia. O jogo é um primor de otimização. Joguei com tudo no “superpesado”, 4K, DLSS Qualidade com geração de quadros e rodei a cerca de 90 fps o tempo todo. 

Lembrando que Ray Tracing, tudo ligado no máximo. Stutters? Aqui não tem. Cutscenes a 30 fps? Procure em outro jogo, aqui é tudo liberado! 

Doom: The Dark Ages

Doom: The Dark Ages é um Doom em toda sua glória. Claro que é um jogo para quem gosta de jogos de tiro em primeira pessoa. Se nunca jogou, é uma ótima oportunidade para começar na franquia já que há bastante acessibilidade no jogo.
Sempre importante lembrar que Doom: The Dark Ages estará disponível day one no Gamepass.

“Um ótimo jogo de tiro e um sopro de inovação para a série Doom”