Na Brasil Game Show, a Konami voltou a conectar-se diretamente com seus fãs brasileiros. Após quase uma década sem presença oficial, a empresa marcou território com o Efootball e um crossover inédito com Yu-Gi-Oh. O clima do evento foi fantástico e contou com uma energia única, de acordo com o diretor de comunicações da Konami, Tommy.
Durante a feira, a marca apresentou novidades do jogo, que já trouxe colaborações com Blue Lock e Tsubasa antes de unir forças com Yu-Gi-Oh. A escolha reforça o peso dessas franquias no Brasil, onde o público se mostra apaixonado tanto pelo futebol quanto pelo clássico Yu-Gi-Oh.
Tommy destacou que o país representa um ponto central para o crescimento do Efootball. Com o formato free to play e suporte para mobile, a empresa tem apostado em acessibilidade e engajamento da comunidade. O contato direto com fãs e a coleta de feedbacks se tornaram prioridade para manter o título atualizado e atrativo no mercado nacional e mundial.
Embora Metal Gear e Silent Hill não tenham sido apresentados na BGS deste ano, Tommy reforçou que as franquias continuam no radar e que novos momentos poderão trazê-las ao público brasileiro. A estratégia atual, segundo ele, foca em fortalecer o vínculo com jogadores ativos e expandir as experiências nos próximos anos.
Confira a entrevista completa realizada por nosso redator Gabriel (História e Games) com Tommy Williams, Diretor de Comunicações da Konami.
H&G: Então, Tommy, estamos aqui contigo hoje, e você é um dos representantes da Konami, certo? Qual é o seu cargo na Konami?
Tommy: Eu sou o diretor de comunicações da Konami e represento todas as nossas franquias e games. Hoje, estamos aqui pelo eFootball e pelo nosso crossover com Yu-Gi-Oh, mas eu represento tudo, Metal Gear, Silent Hill.
H&G: Então, Tommy, me fale sobre a BGS, esse evento onde estamos. Você acha que sua presença aqui, com a Konami e principalmente com o eFootball, o que isso traz para vocês, para a marca Konami e para o evento? Qual a importância da marca aqui no Brasil durante esses quatro dias?
Tommy: Então, cara, essa energia do Brasil, os fãs, as pessoas… não tem outra igual, você só acha aqui. As pessoas aqui são amáveis, são incríveis! E amamos isso. E não é nem falando só do eFootball, mas de todos os nossos jogos, sabe? O Brasil é muito importante para nós. Não estávamos na BGS oficialmente há mais de dez anos, e a comunidade do eFootball tem crescido. A nossa comunidade de Yu-Gi-Oh! é muito grande e muita gente não sabe disso. Então, esse crossover entre ambos os jogos é algo muito grande aqui no Brasil. No eFootball, tivemos até um crossover com Blue Lock, Tsubasa e agora com Yu-Gi-Oh!, que é um dos nossos próprios produtos. Então, meio que estava destinado a acontecer.
H&G: Essa é meio que uma pergunta difícil, mas eu preciso perguntar. Algumas pessoas estavam esperando que a Konami viesse à BGS para também mostrar alguns games recentes da empresa, como Metal Gear e Silent Hill F. A gente sabe que o eFootball é gigante aqui no Brasil, claro, futebol né? Mas, na opinião da Konami, na sua visão a respeito do Brasil, sobre esses games que são mais singleplayer, mais orientados para um jogador, o que vocês têm a dizer? As pessoas estavam esperando ver isso e não foi o que aconteceu. Então, tem algum motivo para isso?
Tommy: Tem muitos motivos, sabe? O primeiro deles é o “momento”. Metal Gear e Silent Hill são mais recentes, mas fizemos muitas coisas grandes, o lançamento de dois grandes jogos (AAA). Passamos o ano todo nos preparando para esses lançamentos e, ao mesmo tempo, fazendo o que estamos fazendo com o eFootball. Mas, sabe, não conseguimos fazer com que isso estivesse aqui na BGS (falando sobre MGS e SHF). Nossos fãs estão aqui, e pensamos no que fizemos com Metal Gear e Silent Hill. Isso não significa que são menos importantes do que eFootball, mas é algo do tipo, fizemos o possível para ter um espaço aqui. Insistimos para estar com os fãs na BGS, mas não conseguimos trazer outros titulos (referindo-se a Silent Hill F e Metal Gear Solid Delta). Não conseguimos trazer desta vez, mas isso não quer dizer que não amamos vocês tanto quanto os outros mercados.
H&G: A estratégia de tornar eFootball um jogo gratuito, disponível em celulares, como está funcionando em relação aos concorrentes aqui no Brasil e na América Latina? O pessoal gosta muito do EA FC, mas estamos vendo muito carinho por eFootball e pelo fato de ser acessível. O que vocês pensam da comunidade? Quais os planos para os próximos anos?
Tommy: Bom, a respeito do eFootball, quando comparamos com nossos concorrentes, é difícil dizer. Eu realmente não posso falar de números, não sei sobre essa informação. Mas, sabe, o eFootball, seus fãs e sua comunidade são muito fortes aqui. Há alguns dias tivemos um show no palco com o Denilson (ele mesmo), Junichi Taya, um dos devs e produtores que vieram do Japão, que estiveram no palco para falar com a comunidade. Mas não só no palco, também no nosso estande. Acho que ter um dev vir até aqui e ser capaz não só de estar presente, mas também de falar com a comunidade e ouvir o feedback é uma das coisas que estamos sempre dispostos a fazer: garantir que recebemos esse feedback, ver o que as pessoas gostam e o que não gostam, e passar isso adiante para melhorar. Assim, identificamos o que é necessário para futuras atualizações no eFootball. É isso que estamos fazendo quanto ao fato de o game ser um live service, que está sempre e constantemente melhorando, mantendo o jogo atualizado e interessante tanto para novas pessoas quanto para aquelas que já estão jogando há um tempo.
H&G: Eu vi que você é fã da NFL, e você sabe que aqui no Brasil temos a comunidade do futebol, mas também a de futebol americano, que agora está crescendo muito. Você está ciente disso?
Tommy: Sim!
H&G: Este ano tivemos um jogo da NFL aqui no Brasil, Chiefs e Chargers, e eles vieram jogar aqui. As pessoas ficaram malucas! E essa é meio que uma pergunta pessoal, então: você prefere futebol ou futebol americano?
Tommy: No geral, eu sou um cara que gosta de esportes…
H&G: Você meio que gosta de tudo?
Tommy: Isso! Mas meu esporte favorito é o basquete. Mas, sabe, odiamos o termo “futebol americano”. Dá um pouco de vergonha quando falamos esse termo. Pra nós, é apenas “futebol”.
H&G: Ah, okay! É que aqui no Brasil, “football” é “futebol” em português, aí a gente meio que chama de “futebol americano” porque tende a misturar as coisas.
Tommy: Futebol é um esporte incrível, e a gente o chama de “soccer”. Eu amo acompanhar o futebol!
H&G: Qual é o seu time?
Tommy: Meio que cada país tem o seu, né? Cada país que eu visito, eu confiro, assisto alguns jogos, e aquele é meu time naquele país. Mas, de forma geral, eu sou dos Estados Unidos, certo? Então, meio que todo mundo por lá é fã do Manchester United, mesmo sem conseguir nomear dois jogadores do time. Mas, quando era criança, eu via pela TV o Milan, e eles ganhavam de todo mundo.
H&G: Kaká, Shevchenko, Dida… o time dos sonhos!
Tommy: Exato! Maldini era um líder! E é por isso que respeito ele demais.
H&G: Ele é um grande defensor, né? Muito bom.
H&G: Muito obrigado pela sua participação na entrevista.
Essa entrevista estará disponível também na Safe Zone e no Patobah!