Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça

Depois de 9 anos do lançamento de Batman: Arkham Knight, que encerrou a tão elogiada trilogia Arkham e mudou a indústria de jogos de heróis, Esquadrão Suicida: Mate a Liga Da Justiça retorna para esse universo, dando continuidade à visão dos antagonistas desse mundo. Com um desenvolvimento conturbado, com adiamentos e bugs, o game dá fim ao hiato de 9 anos da Rocksteady Studios na produção de jogos do universo da DC.

Como o próprio título já deixa bem explícito, somos colocados na pele de um dos integrantes do Esquadrão Suicida ou Força Tarefa X, grupo formado pelos vilões Pistoleiro, Arlequina, Capitão Bumerangue e Tubarão-Rei, que são recrutados à força por Amanda Waller para impedir a invasão alienígena de Brainiac, que tem a cidade de Metropolis e a Liga da Justiça em seu poder, deixando a salvação do planeta nas mãos do desajustado grupo de anti-heróis.

A história

https://youtu.be/2GnDyUPD_Bk

O jogo começa com um tutorial onde jogamos com todos os 4 membros do Esquadrão para conhecermos cada um deles e seu estilo de jogo. No final do tutorial, voltamos 7 dias na história, onde vemos Amanda Waller recrutando-os no Asilo Arkham e os lançando em Metrópolis, já invadida por Brainiac e seus mutantes. Enquanto a humanidade tenta revidar a invasão da forma que pode, já que seus heróis foram corrompidos, não é contada a origem da invasão.

Diferente da Trilogia Arkham, que foca bastante na narrativa e faz o jogador se sentir na pele do Homem-Morcego com seu tom mais sombrio e sério, Esquadrão Suicida tem um tom cômico, bem mais colorido e frenético. Como em toda história clássica do Esquadrão, vemos o desenvolvimento do grupo como um todo, presos na cidade com bombas implantadas na cabeça, tendo que lutar e cumprir os mais loucos objetivos, enquanto nos fortalecemos para enfrentar os heróis corrompidos controlados por Brainiac.

Quase toda a história é contada nas cutscenes, tendo em sua maioria missões bem parecidas e repetitivas, o que pode causar uma sensação de tédio. Essa falta de linearidade é um dos pontos negativos do game. Apesar disso, a relação dos personagens é bem construída, com cada um deles tendo uma personalidade única que funciona muito bem em conjunto. Temos personagens cativantes que fazem o jogador ter afinidade com eles, como Bumerangue e Tubarão-Rei, cuja relação de amizade é construída ao longo da gameplay. No entanto, as missões repetitivas desperdiçam uma ótima oportunidade para construir mais relações entre os membros e prender o jogador.

A trama não é ruim, pelo contrário, é uma ótima trama do Esquadrão Suicida, mesmo não passando 100% da sensação de estarmos jogando uma HQ do grupo. porém, tem seus problemas.

Como o nome do jogo já deixa claro, matamos A Liga da Justiça. Diferente de muita gente, eu não achei esse fato ruim ou incoerente. O grupo se prepara para cada super, tendo missões que fazem o jogador buscar artefatos ou meios de vencer os heróis, dando um pouco de sentido em enfrentar o grupo mais forte de heróis do mundo.

Suas batalhas contra os membros são muito divertidas e são um dos pontos altos do jogo, mesmo sendo repetitivas em gameplay. O fato de matarmos os heróis irritou muito a comunidade de fãs, principalmente os fãs da série Arkham, mas, na minha opinião, acho que foi algo legal e que fecha bem com a história.

A trama, além de contar com uma gama de personagens conhecidos, torna possível um multiverso e termina com um final em aberto para ser completada através de temporadas que ainda serão lançadas de forma gratuita, trazendo novos personagens jogáveis e possivelmente o retorno de muitos heróis que faleceram nesse jogo.

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Jogabilidade

Sendo um looter shooter em terceira pessoa, temos um mundo aberto onde transitamos de objetivo para objetivo. Ao cumpri-los, recebemos recompensas que variam entre armas e equipamentos, também recebemos pontos de talento ao subir de nível, o qual trocamos em uma árvore de habilidades para fortalecer cada um dos personagens.

A gameplay é muito frenética e com uma HUD bem poluída, com muita informação na tela como dano, escudo e munição, o que pode ser um completo caos.

Enfrentamos vários tipos de inimigos, porém a inteligência artificial deles é péssima, em sua maioria apenas vão na sua direção para tentar te matar ou sobem em prédios para se protegerem com um escudo, deixando o combate básico de um looter shooter mais repetitivo ainda.

Mesmo trocando de personagem, investindo em pontos de talentos e armas diferentes entre eles, eles se parecem muito em gameplay, não se sente diferença entre jogar com a Arlequina ou com o Tubarão-Rei, mudando apenas algumas animações, a forma de se locomoverem no mapa e, claro, o tamanho e vestimenta dos personagens.

Nas missões principais do jogo, mesmo sendo muito parecidas entre elas, ainda têm um pouco de coerência, mesmo sendo repetitivas. Já as side-quests são idênticas em sua maioria, mudando apenas o ponto do mapa onde ocorrem ou algumas restrições de uso de equipamento ou ataques.

Tem momentos em que é preciso fazer uma side-quest para continuar avançando na história, o que pode desanimar devido à fórmula repetida das missões secundárias, além disso, contamos com desafios e troféus do Charada espalhados por Metropolis, que são muito divertidos de serem feitos.

O jogo é 100% online, mesmo para quem for jogar solo, porém, mesmo sendo cooperativo para 4 jogadores, traz a sensação de que é melhor jogar sozinho com bots, pois não funciona muito bem em cooperação.

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Ambientação

Temos uma Metropolis com um estilo bem diferente da sombria Gotham da saga Arkham.

Temos uma cidade bem iluminada e colorida, com bastante verticalidade e design interessante, porém muito monótona, e recheada dos mesmos inimigos, que não desperta a sensação de querer explorar a cidade, mesmo com muitos pontos conhecidos e queridos dos fãs por ela, como a torre Luthor e o Planeta Diário.

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Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça

Esquadrão Suicida: Mate a Liga da Justiça é um jogo divertido inserido em um universo muito consolidado e amado da DC. Peca na sua fórmula de missões secundárias e no estilo de jogo dos 4 membros, além de apresentar um mundo vazio e monótono, deixando muito a desejar, mesmo com sua boa trama e dublagem incrível. Espero que ele melhore com o lançamento das próximas temporadas.


xbox


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Pontos positivos

  • História
  • Dublagem
  • Direção de arte
  • Multiverso Arkham


Pontos negativos

  • Mundo vazio
  • Missões secundárias repetitivas
  • Inteligência artificial dos inimigos