-Essa análise não tem spoilers
-Plataforma jogada: Playstation 5
–O game foi jogado em japonês com legendas em Português do Brasil, joguei também em inglês
–Você não precisa ter jogado nenhum Silent Hill para poder aproveitar a história de Silent Hill F
-Durante a análise você verá frases em vermelho, e elas representam acontecimentos do game.
–Escrito por: Griffith, fundador da DungeonZone

O que é Silent Hill F?
Silent Hill F é um jogo de survival horror e ação, desenvolvido pela NeoBards e publicado pela Konami. Ele é o mais novo título da icônica franquia Silent Hill e chegou em boa hora: o remake de Silent Hill 2 foi lançado no ano passado e foi aclamado pelo público. Silent Hill F foi lançado em 25/09/2025 para Steam, PlayStation e Xbox Series, recebendo críticas bastante positivas da imprensa no Metacritic. Atualmente, o jogo possui nota 86 no site de avaliações.

A história de Silent Hill F
Quando a Konami anunciou que seu próximo game se passaria no Japão, muitas pessoas questionaram o porquê disso e especularam que poderia ser apenas mais um “cash grab”, utilizando o nome da franquia apenas para encher linguiça. Afinal, Silent Hill é o nome da cidade onde os jogos se passam. Porém, os desenvolvedores esclareceram que “Silent Hill” não é necessariamente um lugar, mas sim uma ideia, um conceito que pode ser explorado em diferentes situações. Foi assim que surgiu Silent Hill F, trazendo agora o toque único do terror japonês e entregando, finalmente, um novo Silent Hill.
“O caminho a seguir é cheio de dor e sofrimento…”
Silent Hill F se passa na década de 1960, em uma cidade fictícia chamada Ebisugaoka, um pequeno vilarejo isolado, onde as pessoas levam vidas simples, longe do caos urbano. Essa proximidade pode ser algo positivo… ou negativo.
A protagonista é Hinako, uma estudante de cerca de 15 anos, com poucos amigos e muitos problemas familiares, pesados, mas comuns para a época. Seu pai era alcoólatra e a maltratava, junto com a mãe; já a mãe, submissa, aceitava os insultos para evitar conflitos. O que mantinha a sanidade de Hinako eram as atividades escolares e a companhia de seus poucos amigos.

Para piorar, Hinako se destacava por ser diferente das outras meninas: ela praticava exercícios e participava de várias atividades atléticas na escola, sendo um verdadeiro destaque nesse aspecto. No entanto, isso era malvisto, já que estamos falando do Japão dos anos 60, uma sociedade opressora, especialmente em relação às mulheres. Essa atmosfera fica evidente em vários momentos do jogo, algo que os próprios desenvolvedores destacaram, e eles realmente não estavam exagerando.
“Com isso meu corpo e minha alma pertencem a você”
Sobre Ebisugaoka: trata-se de uma cidade isolada de tudo. O clima está bem ruim após o local ter sido praticamente esquecido pelo resto do país. No passado, já foi um lugar importante, mas hoje em dia é irrelevante e não há mais motivos para trazer orgulho às pessoas, que parecem ainda viver presas às tradições do interior. Inclusive, seguem uma entidade, uma espécie de deus-raposa, com vários pequenos templos espalhados ao redor da cidade, algo que parece ser um diferencial em relação a outros vilarejos.
Conforme você anda pela cidade, percebe que ela está vazia: ninguém está nas ruas. Após uma discussão com sua família, como de costume, você decide ver seus amigos. E, digamos, a partir daqui, o bicho pega…

Quando Hinako e seus amigos estão reunidos na rua da cidade, que estranhamente está deserta, algo bizarro acontece: uma névoa sinistra surge, e um dos amigos de Hinako é imediatamente morto por essa infecção ou seja lá o que for que vem com a névoa. Antes que o pior aconteça, nossa protagonista e o restante de seus amigos precisam fugir da entidade através dos becos da cidade, enquanto o caos se espalha e o medo toma conta. Após conseguirem escapar daquela criatura, talvez um yōkai (já que estamos no Japão, é um bom palpite) você precisa encontrar seus amigos e descobrir o que está acontecendo em Ebisugaoka.
“Traidora!”
Entre cultos sinistros, um lugar isolado onde ninguém pode ajudá-lo, amigos que talvez não sejam tão amigos assim e criaturas horrendas vindas direto de um pesadelo, você precisará de forças para não sucumbir ao inferno de Silent Hill F.

Silent Hill não é para amadores, ou pessoas sensíveis...
Silent Hill F é, para mim, o jogo mais diferente da franquia, e não falo apenas por se passar no Japão, mas também por trazer personagens que são jovens estudantes. Temos, assim, uma perspectiva diferente da história. Não que Silent Hill F vá ser mais leve por causa disso… Tanto é que, ao entrar na página do jogo na Steam, você já se depara com este aviso:

“Discriminação de gênero, abuso infantil, bullying, alucinações devido ao uso de drogas, tortura e violência gráfica.” O jogo se passa no Japão durante os anos 1960 e contém descrições baseadas em costumes e culturas da época.

Construção de mundo sem igual
Como disse anteriormente, os desenvolvedores não estão para brincadeira. É possível notar o peso das consequências no desenrolar da história. O que comentarei nesta seção são os acontecimentos dos primeiros minutos do jogo e também informações superficiais que já estão disponíveis em trailers ou materiais promocionais. Portanto, se você se manteve longe de tudo até aqui, pode pular direto para a parte em que falo sobre as mecânicas do jogo.
“Eu quero que você desapareça”

Como fiz questão de reforçar, Hinako vive em uma cidade isolada de tudo, bastante conservadora em seus costumes, em uma época em que todos eram opressores ou oprimidos. Os temas abordados no jogo são pesados e realistas, e a violência está extremamente presente durante toda a experiência, seja gráfica, sobrenatural ou até mesmo no próprio ambiente ao seu redor. Vou tentar descrever esse sentimento de jogar Silent Hill F narrando minha experiência nos primeiros minutos; acredito que assim ficará mais fácil de me expressar. Vamos lá:

Hinako conversa com uma pessoa que parece ser muito querida para ela e, após essa conversa, uma música antiga começa a tocar, com vozes que soam como as de crianças. Algumas cenas da cidade aparecem, e já percebemos que esta não será uma história feliz. Em seguida, conhecemos a triste realidade da família de Hinako: o pai alcoólatra maltratando a mãe, Hinako saindo de casa porque não suportava mais os maus-tratos, e a mãe tentando evitar problemas maiores, ou até mesmo uma agressão física, ao tentar apaziguar a situação. Mas nada é realmente resolvido…
“Se quiser ser feliz, corra atrás disso! Mude o seu destino!”
Ao sair de casa, nossa protagonista percebe que a cidade está vazia, sem ninguém por perto. Podemos explorar algumas casas e até descobrir certos detalhes, como pessoas acreditando que a situação ruim da cidade se deve a uma maldição, e não ao fechamento da mina que antes garantia renda para a região. Assim, podemos notar que existe um sentimento forte em relação ao sobrenatural em Ebisugaoka.
Quando encontramos nossos amigos, já percebemos que nem tudo são flores. Uma das estudantes, uma garota, chama Hinako de traidora, e nossa personagem sente o peso dessas palavras. Se ela sabe o que isso significa, nós não fazemos ideia. Ao encontrar Shu, que aparentemente é seu melhor amigo e possivelmente o crush da protagonista, já notamos que a relação está um pouco estranha durante os diálogos. É uma conversa torta, que esconde algo ocorrido anteriormente e que impacta a forma como os personagens interagem, e isso fica bem nítido.

Quando mais uma pessoa do grupo de amigos de Hinako chega, vemos outro problema: Rinko, ao notar que Shu e Hinako estão conversando, demonstra um certo sentimento de inveja ou, talvez, de incômodo pelo fato de ambos estarem juntos. Ou seja, a relação dentro do grupo não é nada saudável.
“Desejo tudo de bom na sua nova vida”
Tudo muda completamente quando um desses personagens morre devido à chegada da neblina. É nesse momento que o jogo realmente começa. Você precisa correr pela sua vida: a cidade ao redor passa a ficar tomada por flores vermelhas que parecem vir de outro mundo. Segundo Hinako, o odor é terrível, e a névoa consome tudo. Ainda assim, nenhuma alma viva é vista à sua volta. É como estar em um pesadelo do qual você não consegue acordar.
Conforme avança, a situação se torna ainda mais terrível. Criaturas bizarras começam a aparecer e a caçá-lo, e o mundo ao redor se revela cruel. Você não tem ajuda de ninguém e, mesmo quando alguém tenta estender a mão, no fim das contas está sozinho. Parece que seus amigos, e as pessoas em quem você acredita poder confiar, não se importam com você, ou estão distantes demais, quase indiferentes.
As pílulas que você toma para recuperar a sanidade e acalmar o coração podem não ser o suficiente nesse mundo miserável em que vive. Mas a grande questão é: você tem certeza de que tudo ao seu redor é real?

A evolução das mecânicas de jogo de uma série de Survival Horror aclamada
Como alguém que conhece a franquia desde o PS1 e tem Silent Hill 2 como um dos jogos da minha vida, acredito que tenho propriedade para falar a respeito de algumas coisas sobre o combate. Em Silent Hill, o combate não é um elemento fundamental da história. Bom, na verdade, ele é, mas não da forma como você está pensando. Deixa eu explicar.
“Seus pais, seus amigos, todos te deixarão para trás, você ficará sozinha”
Vou citar o exemplo mais batido sobre o assunto, mas ainda assim válido. Silent Hill 2 será o exemplo aqui, já que é o título que a maioria da galera conhece, então fica mais fácil se familiarizar com o tema. James é um ser humano comum: ele não é treinado para lutar, seus golpes são desengonçados, ele se cansa facilmente, tem dificuldade em acertar os inimigos de forma precisa e ainda demonstra total desespero ao entrar em combate. E, de fato, é exatamente isso que uma pessoa comum sentiria. Essa é a ideia por trás desse jogo, e da franquia como um todo, na prática. O combate sempre foi ruim, e precisa ser ruim, justamente pelos motivos que mencionei.

“Recentemente, raposas foram vistas visitando a cidade”
Vi algumas pessoas comentando que o combate em Silent Hill F está ruim, mas aí eu pergunto: meu amigo em Cristo, você já jogou algum Silent Hill antes?
Voltando para Silent Hill F, o mais novo game da franquia, existem mudanças significativas. Vou ser bem breve a respeito delas: agora você pode se esquivar, e a animação parece saída de um anime. Nossa personagem é bem ágil e, se conseguirmos desviar no momento certo, a barra de energia se recupera imediatamente. Sim, temos uma barra de energia, ou stamina, se preferir chamar assim, que serve para punir o jogador, limitando o número de ações que podem ser executadas.
O combate é o mais abrangente da franquia. Temos várias armas de corpo a corpo para usar, compensando a ausência de armas de fogo no game. Imagino que, para os japoneses, uma adolescente empunhando uma arma de fogo fosse demais… mas, curiosamente, as coisas extremamente perturbadoras que acontecem na história são aceitáveis. Não tenho reclamações quanto a isso, no entanto. De qualquer forma, temos foices, machados, tacos de beisebol, canos e muito mais à disposição.
Há também um sistema de parry introduzido algum tempo depois no jogo. O básico é: você tem armas brancas, precisa cuidar da stamina, desviar dos ataques no momento certo para recuperá-la e, por fim, reparar sua arma caso ela quebre. Ainda assim, o princípio do jogo é evitar o combate, e na maior parte dele, isso é possível, exceto em momentos específicos. Esse ponto, porém, considero negativo: para mim, as únicas lutas obrigatórias deveriam ser contra chefes. Em Silent Hill F, entretanto, você é obrigado a enfrentar inimigos em áreas de puzzles (enigmas) para avançar, além de em certas situações específicas, e isso não me agradou.
“Quero que conheça o sofrimento”
Vale destacar que o combate não tem nada a ver com Soulslike, como os próprios desenvolvedores precisaram esclarecer em entrevista pública. Hinako, sendo uma adolescente, ainda precisa se esforçar muito para derrotar os inimigos. Suas ações são desajeitadas, e ela claramente sofre durante os confrontos, assim como acontecia com James em Silent Hill 2.
A quantidade de inimigos é o suficiente para o jogo na minha opinião, e acredito que assim como em outros jogos, eles também representam vários problemas que ocorreram com os protagonistas, e aqui, fica bem evidente sobre a situação triste em que a Hinako se contra também.

Há itens que encontramos no jogo que nos permitem curar e recuperar tanto a barra de energia quanto a barra de foco. A barra de foco serve para executarmos um golpe que causa muito dano no inimigo, além de ter outras funções que não posso comentar para não dar spoilers do game.
Esses mesmos itens, ou pelo menos alguns deles, podem ser trocados pela moeda do jogo, chamada Fé. Quando você acumula uma certa quantia, pode trocá-la por amuletos aleatórios que concedem poderes, como ter mais vida ou energia, ou então usá-la para adquirir melhorias de atributos, aumentando permanentemente o espaço no inventário ou os atributos básicos de sobrevivência da Hinako.
“Tenho nojo de você”
Tudo isso é feito em pequenos templos que funcionam como checkpoints no jogo. Neles, podemos salvar o progresso, trocar os amuletos equipados e realizar algumas ações básicas.

Trilha Sonora
O que dizer da trilha sonora? Se Silent Hill 2 tem músicas icônicas que perduram por décadas, Silent Hill F não fica para trás. Akira Yamaoka está na produção da trilha sonora do game, e sua marca está eternizada nele. Agora, com composições que trazem um ar mais japonês e até misterioso, são músicas que transmitem um clima sobrenatural que combina perfeitamente com a ambientação do jogo. Em momentos de combate, a música soa como se tivesse uma interferência de estática; em certos trechos, torna-se agressiva; e, durante a exploração, carrega um sentimento estranho e nostálgico, lembrando até filmes de terror japoneses.
“Você sofre porque escolheu sofrer”
Problemas técnicos?
As duas vezes em que finalizei o game foram em modos diferentes. Na primeira jogatina, optei pelo modo qualidade: os gráficos são muito bonitos e, em certos momentos, tive quedas leves de frame, mas nada que atrapalhasse demais. Essas quedas ocorreram em áreas específicas da cidade, onde há uma maior densidade de inimigos. Já na segunda run, joguei no modo performance, e a experiência foi bem melhor. É claro que os gráficos ficam reduzidos, mas o ganho em desempenho é notável. Ainda assim, exatamente na mesma parte da cidade, enfrentei os mesmos problemas que tive na jogatina com o modo qualidade ativado. Fora isso, não encontrei outros problemas.

Uma longa espera
Silent Hill Downpour foi o último game da franquia a ser lançado, em 2021 (não falamos sobre Silent Hill: The Short Message por aqui). Após tanto tempo de espera, e um remake incrível depois, finalmente tivemos algo realmente novo na série. Quando digo “algo novo”, refiro-me a um jogo inédito de fato. Como fã de longa data, que teve a oportunidade de conhecer a franquia desde o início (mas que, quando criança, nunca conseguiu zerar nenhum jogo por medo), ver algo novo de Silent Hill enche o coração de felicidade. E digo mais: valeu a pena esperar.

Silent Hill F não é um mar de flores...
O game tem alguns problemas, e nem falo da questão de performance no PS5 base. Refiro-me ao jogo em si. Temos espaços para colocar amuletos que servem para criar uma build para o nosso personagem, mas não acho que isso fosse necessário. O inventário conta com espaços limitados, que podem ser ocupados com itens úteis, como aqueles usados para reparar armas ou recuperar vida. Porém, durante a jogatina também podemos coletar relíquias que servem para nos dar pontos de fé, a moeda utilizada em várias funções do game. E aí surge a escolha: usar o espaço para algo realmente útil ou ocupá-lo com itens destinados apenas à troca por essa moeda. Pessoalmente, achei isso desnecessário.
“Vocês adoram falsos ídolos”
Apesar de ter lido em vários lugares que há divergências sobre o combate do game, acredito que eles acertaram. Houve melhorias significativas, ao mesmo tempo em que mantiveram o combate simples e desafiador. E quando digo “difícil”, refiro-me ao fato de a personagem não ser naturalmente boa em combate, o que pode gerar confusão para quem esperava algo mais direto. Ainda assim, ela pode usar mecânicas de parry, realizar esquivas em momentos específicos, gerenciar a barra de stamina, entre outras exigências.
E o principal problema para mim é o seguinte: em determinados enigmas, ou puzzles, como preferir chamar, você é forçado a derrotar inimigos ou até hordas deles para avançar. Pelo menos de imediato, não consigo me lembrar de algo parecido em outros jogos da franquia. Não que isso devesse ser “proibido”, afinal, trata-se de um novo jogo com suas próprias ideias, mas admito que é um pouco estranho ver esse recurso em um Silent Hill. Normalmente, a franquia incentiva o jogador a evitar lutas ou confrontos diretos. Aqui, esse incentivo ainda existe, mas acredito que, devido ao que acontece com a protagonista, e ao surto que ela tem em certo momento do jogo, chega a ser compreensível esse extravasar de ódio em algumas situações.

Opiniões
Silent Hill F é de fato uma game da franquia Silent Hill, e não falo isso como brincadeira, temos os elementos principais do que a franquia representa para os fãs, quando digo isso eu me refiro ao fato de termos o mundo comum, e o outro mundo, onde aqui é chamado de Mundo Espiritual, só que com o charme japonês, e umas coisas aqui que não comentar para não estragar a sua experiência, mas saiba que o mundo espiritual é bem diferente do que estamos abtuados em jogos anteriores, aqui você vai ser forçado a enfrentar muitos inimigos, e isso é algo que eu acho desnecessário, mas está tudo bem, o poder oculto da nossa protagonista valida a necessidade de descer a porrada em todo mundo dessa forma.
O mais novo game da franquia é, para mim, um dos mais pesados em termos de mensagens e críticas que já joguei até aqui. Sem dar spoilers, quando mencionaram que o jogo era destinado a maiores de 18 anos, não estavam brincando. A obra aborda temas como agressão contra menores de idade, uso de drogas, abuso de remédios, casamento forçado, brigas familiares, alcoolismo, além de sugerir que o pai de Hinako agredia tanto ela quanto a mãe, que, por sua vez, era submissa por acreditar que esse era o seu papel na sociedade. Soma-se a isso o retrato de uma cidade em declínio após o abandono de sua principal fonte de recursos (a mina), problemas psicológicos severos, estresse extremo, desconfiança, inveja, bullying, medo de gravidez, a decisão de precisar viver sozinho, expulsão de casa… São muitos os temas que o game consegue abordar, e todos de uma forma incrivelmente inteligente.
“Você acha mesmo que Hinako cai nessa?”
Até mesmo quando Hinako surta após um determinado evento, senti que nunca tinha visto um personagem da franquia agir da mesma maneira, pelo menos não nesse nível de intensidade. Espero não ter revelado demais da história de Silent Hill F com esses apontamentos, mas o que posso dizer é que o jogo marca um verdadeiro retorno da série, sendo uma grata surpresa para os fãs que amam o mistério, a melancolia e o mundo punitivo de Silent Hill. E agora que sabemos que o primeiro Silent Hill vai ganhar um remake pelas mãos da Bloober Team, só tenho motivos para acreditar em um futuro promissor para a franquia.

Silent Hill f
Silent Hill F é um jogo sensacional. Além de contar com gráficos incríveis e uma ambientação sem igual, ele ainda consegue manter viva a essência de Silent Hill, trazendo melhorias e, ao mesmo tempo, uma nova visão sobre os conceitos abordados. Eu amei o jogo, amei cada detalhe do que vi e, após 35 horas de gameplay (com dois finais concluídos até agora), posso dizer que estou apaixonado por essa experiência e mal posso esperar para descobrir qual será o próximo passo da franquia.
- Gráficos lindos
- Problemas na otimização
- Muitas críticas pesadas ao tratamento das mulheres na sociedade
- Uma história que não é para os fracos de coração
- Não encontrei bugs
- Em certos momentos você será forçado a lutar, e não me refiro aos chefes, o que sai um pouco da vibe da franquia
- O game tem vários finais
- Vários enigmas bem criativos para resolvermos
- Leva cerca de umas 11 horas para ser finalizado
- Ele não é um jogo difícil
- Tem 5 finais dependendo das suas escolhas
- O preço é bem salgado, apenas de um chance se você ama jogos de Survival Horror