Yooka-Replaylee | PC

O jogo que te faz voltar a ser criança.
História Jogabilidade Direção de Arte Yooka-Replaylee

Yooka-Replaylee é uma versão remasterizada do jogo que foi lançado originalmente em 2017. O título foi desenvolvido e publicado pela Playtonic Games, um estúdio formado por ex-desenvolvedores da lendária Rare (criadores de clássicos como Banjo-Kazooie e Donkey Kong 64).

Confesso que nunca joguei o título original e não sabia da existência desse game, mas foi uma grata surpresa conhecer ele e poder jogar a versão que melhora tudo o que já tinha no original. O jogo me transportou para a época de infância quando eu jogava jogos como Crash, Banjo-Kazooie, Disney Epic Mickey, Ratchet & Clank entre outros títulos desse gênero.

A história de Yooka-Replaylee traz aquela velha porém sempre bem vinda fórmula de sátira leve e bem-humorada, contada com o estilo de comédia e referências metalinguísticas. O grande vilão, Capital B, um mega corporativo abelha com ambições malignas, está em uma missão para roubar todos os livros do mundo – e, mais crucialmente, o Grande Livro – para monopolizar todo o conhecimento e transformá-lo em lucro.

A dupla de heróis, a lagartixa Yooka e a morcega Laylee (que vive na cabeça de Yooka… literalmente), deve se aventurar pelas terras mágicas para recuperar as folhinhas (as páginas perdidas do Grande Livro).

A jogabilidade de Yooka-Replaylee é o coração da experiência, sendo um plataforma 3D do tipo collect-a-thon, onde a principal meta é explorar o vastos mundos para coletar as folhinhas e as Plumas (um dos tipos de moeda do jogo). O jogo tem um vasto numero de mecânicas de gameplay, nele você pode:

Pular e Planar: Yooka tem um salto robusto, e Laylee concede o salto duplo (Flap Flight), permitindo que a dupla plane por curtas distâncias.

Rolar (Roll): Yooka pode se enrolar como uma bola e rolar em alta velocidade.

Ataque de Cauda (Tail Whip): O ataque básico para derrotar inimigos.

Absorção de Habilidades: Yooka pode usar a sua língua para sugar diferentes elementos ambientais (água, fogo, metal) para ganhar poderes temporários, como cuspir bolas de fogo ou atravessar superfícies líquidas.

O jogo utiliza uma estrutura clássica de hub world:

Hivory Towers (O Hub): A área central que conecta todos os mundos. É um grande mapa que precisa ser explorado e desbloqueado com as folhinhas.

Mundos (Os Livros): Para acessar um novo mundo, Yooka e Laylee precisam entrar em um dos grandes Livros espalhados pelo Hub. Uma vez dentro, eles encontram grandes áreas abertas temáticas (como florestas tropicais, tundras geladas ou pântanos de halloween) repletas de plataformas, puzzles e inimigos. Bom lembrar também que nos mundos, Yooka e Laylee podem interagir com o Dr. Quack para se transformarem em formas únicas (como um tubarão ou um caminhão), cada uma com habilidades exclusivas necessárias para resolver puzzles em certas áreas. Os mini games do Rextro são simplesmente fantásticos também ele tem um segmento de plataforma isométrica dentro de máquinas de fliperama escondidas. Eles oferecem uma experiência de “jogo dentro do jogo” que torna tudo mais divertido.

Tônicos (Modificadores): Os tônicos, comprados da máquina Vendi, permitem que o jogador personalize a jogabilidade e a dificuldade, aplicando efeitos visuais ou modificadores que alteram, por exemplo, a altura do salto ou a resistência do personagem.

A direção de arte é, sem dúvida, um dos maiores trunfos de Yooka-Replaylee. Tudo é colorido, vibrante e propositalmente exagerado, em uma homenagem direta à era do Nintendo 64.

Os personagens têm designs criativos e divertidos, os inimigos são peculiares e carismáticos, e há NPCs absurdamente únicos, como objetos falantes e misturas de animais.

Os gráficos estão lindíssimos, as animações são fluidas e os detalhes do cenário, como a grama, água, reflexos estão bem polidos, eliminando qualquer sensação “datada” que o original poderia transmitir.

Uma carta de amor aos jogos de plataforma 3D. O jogo brilha pelo charme nostálgico, pela trilha sonora fantástica e pelos mundos cheios de conteúdo que convidam à exploração constante.

Não tive contato com o original (apenas por vídeos), mas posso dizer sem dúvidas que esta foi uma das experiências mais agradáveis que já tive com um videogame. É o que eu chamo de “puro suco do videogame”: simples, divertido e cheio de coração.

Recomendo fortemente para quem cresceu jogando títulos de plataforma nos anos 90 e início dos 2000.

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https://www.youtube.com/watch?v=JCVm72mUDqU